A maior ilha fluvial do mundo, Majuli, pode desaparecer logo. Nos últimos 70 anos, a Majuli encolheu mais da metade e há preocupações de que ela submergirá nos próximos 20 anos. A ilha está sob constante ameaça devido à extensa erosão do solo em suas margens.
A razão para isso pode ser os grandes aterros construídos nas cidades ao longo do rio Brahmaputra para protegê-las durante a temporada de monções. Os aterros desviam a fúria do rio que atingiria as cidades, mas agora vai direto para a ilha. Desde 1991, mais de 35 aldeias foram destruídas.
E enquanto as autoridades indianas estão tentando descobrir como salvar a ilha, a sua existência poderia ter sido ainda menor se não fosse por um ativista ambiental local.
Em 1979, Jadav Payeng, então com 16 anos, encontrou um grande número de serpentes que morreram devido ao calor excessivo depois que as inundações as levaram para o banco de areia sem árvores.
Então, ali mesmo, Jadav começou sua a missão de salvar Majuli da erosão plantando árvores. Trabalhando incansavelmente todos os dias, ele plantou 550 hectares de floresta. A área verde é maior do que o famoso Central Park, em Nova Iorque.
Aquela floresta é agora o lar de tigres de bengala, rinocerontes indianos, e até um rebanho de mais de cem elefantes que a visita regularmente todos os anos.
Jadav, apenas um homem, sozinho, plantando uma árvore por dia praticamente reflorestou uma ilha toda. Essa é a verdadeira prova de que uma pessoa pode mudar o mundo.
Se ele conseguiu salvar este lugar, novamente, sozinho, o que nós humanos poderíamos fazer se tentássemos salvar o planeta juntos? Vale lembrar que a colonização de Marte é mais um sonho do que um objetivo, portanto, deveríamos cuidar do que temos.
Essa é uma tarefa difícil, quase impossível até, mas são exemplos como os de Jadav que mostram que ainda temos uma chance.