“'Criando o novo' é o slogan do nosso próximo plano estratégico de negócios de cinco anos”, afirma a Adidas. No entanto, com essa linha de roupas, a empresa decidiu se concentrar no passado e não no futuro.
Recentemente, a empresa introduziu roupas com a uma temática da União Soviética. As estampas provocaram tamanha indignação que chegaram a um nível diplomático.
Os usuários do Twitter sugeriram sarcasticamente que a Adidas deveria criar uma linha completa de opções de trajes totalitários. Uma petição on-line chamou a campanha de "repugnante e inaceitável", exigindo que a Adidas removesse todas as roupas com símbolos soviéticos de suas lojas.
aO Grupo de Comunicação Estratégica do Ministério das Relações Exteriores da Lituânia twittou: “A nostalgia imperial é irritante - e ela ainda acontece. Um pouco surpreendente vindo da famosa @adidas, no entanto. ” E o membro Letão do Parlamento Europeu, Artis Pabriks, salientou: "Adidas está se preparando ara o futebol na Rússia através da produção de vestuário com símbolos da USSR. Eles fariam isso com os símbolos nazistas também?"
Os estados pós-soviéticos ainda estão se recuperando das cicatrizes infligidas pelo regime comunista. Por exemplo, o Holodomor, o genocídio da fome na Ucrânia, levou cerca de 4 milhões de vidas dentro das fronteiras da Ucrânia soviética entre 1932-1934.
Além disso, aproximadamente 600.000 pessoas foram deportadas dos Estados Bálticos ocupados pelos soviéticos - Lituânia, Letônia e Estônia. Havia cerca de 10 milhões de habitantes na área às vésperas da ocupação soviética, portanto, para colocar em perspectiva, o número de prisioneiros do Báltico teria sido igual a uma perda de 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos ou 5 milhões na Grã-Bretanha.
Acusado de insensibilidade histórica, o varejista anunciou que planeja parar de vender roupas esportivas soviéticas. No momento da escrita deste artigo, no entanto, as roupas ainda estão disponíveis para compra.