Até recentemente, Bridget, de 18 anos, parecia muito com uma leoa típica. Então, no ano passado, o residente de longa data do Oklahoma City Zoo espantou veterinários locais e funcionários do jardim zoológico ao cultivar uma juba muito mais típica de leões machos.
Como Gretchen Cole, uma veterinária associada no zoológico, explicou em uma entrevista a ABC News: "Depois de um tempo, tornou-se óbvio para todos que Bridget estava desenvolvendo algo um pouco diferente".
O pessoal do jardim zoológico tomou amostras de sangue para tentar deduzir a causa tão inexplicável de sua nova "mini-juba". Estes testes serão comparados com as amostras retiradas da irmã de Bridget, Tia, que nasceu na mesma ninhada, mas não mostrou sinais semelhantes de crescimento do cabelo.
Uma possível explicação poderia ser encontrada em uma população de leões que vivem no Delta do Okavango, em Botswana, onde pelo menos cinco fêmeas- como Bridget - desenvolveram jubas. Essas fêmeas de juba também exibem outros traços mais masculinos, incluindo rugidos e marcações de território, além de montarem em outras fêmeas.
Os especialistas acreditam que níveis excessivos de testosterona estão por trás da aparência e do comportamento tipicamente mais masculino. Embora certamente haja alguns benefícios para essas mudanças (por exemplo, eles tendem a ser maiores, mais fortes e, portanto, excelentes caçadores de grandes presas), ele vem a um preço evolutivo. O aumento da testosterona foi associado à infertilidade.
O fato de que esse fenômeno parece ser relativamente comum nessa área levou os zoologistas a acreditar que existe um fator genético envolvido. Mas isso pode ser menos provável no caso de Bridget, que, aos 18 anos, é geriátrica por padrões de leão. A expectativa de vida média para um leão africano selvagem (Panthera leo) é de 15 anos, mas aqueles que vivem em cativeiro podem viver até 30, de acordo com a Zoological Society of London. Enquanto isso, os leões machos experimentam primeiro o crescimento da juba em torno de um ano de idade, quando o processo é desencadeado por uma inundação de testosterona.
Cole acredita que há um componente hormonal para a condição de Bridget e os exames de sangue devem ajudar a confirmar ou descartar essa teoria. Uma possível causa poderia ser um tumor benigno nas glândulas adrenais ou pituitárias. Ambas as áreas estão envolvidas na regulação hormonal. Alternativamente, pode haver um problema nos ovários, que está produzindo um excedente de testosterona, como foi o caso de Emma, ??a leoa de 13 anos que vive no Zoológico Nacional, na África do Sul, há alguns anos atrás.
Qualquer que seja a causa, não parece fazer Bridget nenhum mal. "A equipe veterinária do zoológico continuará a monitorá-la de perto, mas esta condição não é capaz de afetar a qualidade de vida de Bridget", disse o Jardim Zoológico de Oklahoma City o em um comunicado no Facebook. "Eles relatam que, além do cabelo extra, eles não vêem nenhuma mudança em seu estado de saúde".