Em uma igreja no Novo México, há uma estátua da Virgem Maria "chorando" azeite em um fenômeno que tem confundido os líderes da igreja. Tudo começou em 20 de maio, domingo de Pentecostes, no calendário religioso católico, quando os paroquianos da Diocese Católica Romana de Las Cruces testemunharam a estátua chorando.
O evento trouxe um grande número de pessoas à igreja em busca de conversão, confissão e apenas para ver isso acontecer. O "choro" supostamente ocorreu várias vezes desde então, de acordo com Judy Ronquillo, gerente de negócios da igreja local, que conversou com o Washington Post.
Especialistas analisaram a substância e acreditam que é o azeite de oliva misturado com perfume, semelhante em composição ao crisma, o santo bálsamo de unção frequentemente usado em ritos cristãos como o batismo. Agora, um cético pode apontar como é fácil encontrar o crisma em uma igreja católica e usá-lo para inventar uma fraude na tentativa de trazer mais pessoas para a igreja. Porém, os funcionários da diocese não acreditam que seja esse o caso. Eles têm câmeras na igreja que aparentemente não mostraram nenhuma ação feita pelo homem.
Embora o choro do azeite possa parecer um evento peculiar, as estátuas chorando têm sido uma ocorrência comum no mundo católico nas últimas sete décadas. Criar uma falsa estátua que chora é relativamente fácil - às vezes acontece naturalmente através da condensação, mas tipicamente as abordagens mais inovadoras não são muito complicadas.
Os hoaxes são tão fáceis de fazer que a própria Igreja Católica rapidamente move investigações ou não assume uma postura oficial e deixa que a lenda se espalhe. Apenas algumas estátuas chorosas foram reconhecidas pela Igreja.
Nas últimas décadas, houve vários casos amplamente divulgados na Itália, onde as estátuas começaram a chorar sangue. Em 2002, uma estátua do santo católico Padre Pio foi vista com "lágrimas" de sangue, que acabaram pertencendo a uma mulher. Em 2008, um guardião da igreja foi levado a julgamento por falsificar lágrimas de sangue em uma estátua da Virgem Maria. Seu DNA combinava com o das "lágrimas".
O caso mais polêmico foi uma estátua da Virgem Maria em 1995 na cidade italiana de Civitavecchia, onde cerca de 60 pessoas afirmaram ter visto uma estátua derramar lágrimas de sangue em 14 ocasiões. O sangue foi descoberto como sendo do sexo masculino. O dono da estátua, um cavalheiro chamado Fabio Gregori, se recusou a fazer um teste de DNA.