Não é segredo que muitas empresas que hoje alcançaram sucesso mundial podem ter tido ligações com conflitos e guerras durante toda a história da humanidade. Um exemplo disso é a Coca-Cola que era fornecedora oficial de suprimentos para o exército americano durante a segunda guerra mundial e também ajudava a bancar parte do armamento.
Apesar de parecer algo assustador e questionável essa é uma prática comum, mesmo quando o assunto é o tão infame Terceiro Reich Alemão.
Na antiga Alemanha nazista quase todas as empresas tiveram ligação com o Partido Nacional Socialista de Hitler, tenha sido essa participação voluntário ou por livre e espontânea pressão.
A ideia do texto não é condenar essas empresas por ações do passado, mas apenas mostrar essas ligações que hoje já não representam mais nada nos valores dos presidentes e CEOs das fabricantes.
A Nestlé, uma das maiores empresas de produtos alimentícios do mundo, admitiu que tem conhecimento de que subsidiarias durante a ascensão do regime Nazista utilizou trabalho forçado em suas produções.
Mesmo que a Nestlé ainda não fosse dona dessas subsidiárias ela doou 25 milhões de francos suíços para cobrir queixas relacionadas ao Holocausto e reparar, pelo menos financeiramente, os impactos que a empresa pode ter tido na história de milhares de judeus.
O atual presidente da Dr Oetker, August Oetker, assumiu em entrevista que a família que sempre foi a comandante da empresa era fortemente ligada com o partido de Adolf Hitler. Segundo August, seu pai Rodolf-August foi um membro da temida Waffen-SS, a tropa de elite nazista de alto escalão.
August disse em entrevista que o pai não gostava de comentar sobre essa época, “Ele não gostava de falar sobre esse período. Ele dizia ‘crianças, deixem-me em paz’”.
Rudolf-August foi o fundador da companhia na cidade de Bielfeld, no norte da Alemanha poucos anos depois do fim da 2ª Guerra. Rudolf morreu em 2007.
Além da Dr Oetker e a Nestlé alguns outros nomes famosos possuem ligações com o regime ditador do Terceiro Reich.
Um deles é Henry Ford, que culpava os judeus pela primeira guerra mundial e pelos problemas financeiros de muitos países. Henry financiou com dinheiro próprio uma revista com publicações antissemitas e foi condecorado com “A Ordem de Mérito da Águia Alemã”, a premiação mais alta que um cidadão não alemão poderia receber do império Nazista.
O famoso estilista Calvin Klein também tem ligações com a Waffen-SS, sendo ele o desenhista pessoal dos uniformes dos oficiais alemães e da Juventude Hitlerista.
Lembrando que a segunda guerra foi a muito tempo e muitos dos valores e das ideias mudaram com o tempo, essas empresas não pensam mais como antigamente e não devem ser jugadas por erros do passado.